LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

Doença que ocorre em qualquer idade, com prevalência em mulheres e nos adultos, na proporção de 8:1, ou seja, 8 x mais nas mulheres.

Causa desconhecida, apesar de várias observações sugerirem um papel importante para fatores genéticos, virais, hormonais e ambientais.

É uma doença auto-imune onde o organismo produz anticorpos contra seus componentes, como rins, olhos, coração, pulmão e outros.

A doença pode começar com febre, falta de apetite, emagrecimento, dores articulares, acometimento de órgãos.

Artrite e artralgias são observadas em 95% dos pacientes. Podem surgia dores musculares e fraqueza.

Na pele ocorrem em 70 a 80% dos pacientes, geralmente em áreas expostas ao sol. Sendo a forma mais clássica lesão facial em forma de asas de borboleta.

Queda de cabelo em 71% dos casos.

Pulmões são bastante acometidos pelo Lúpus, como derrame pleural pneumonite aguda, fibrose pulmonar, hemorragia pulmonar com manifestações clinica de falta de ar, tosse, dor para respirar.

Sistema cardiovascular: pericardite e o derrame pericárdico atingem até 60% dos pacientes.

Inflamação do músculo cardíaco levando a aumento do coração e insuficiência cardíaca.

Gravidez é sempre de alto risco para estes pacientes.

No sangre ocorre anemia, diminuição dos glóbulos brancos, diminuição das plaquetas.

Na boca ocorrem ulcerações.

Manifestações oculares como conjuntivite e outros.

Envolvimento renal: diversas formas de glomerulonefrites, com sangue e proteínas na urina.

Hipertensão arterial.

Lesões neurológicas e psiquiátricas.

O diagnóstico é feito pela clinica do paciente; exame físico onde se busca os sinais dos órgãos lesionados e pelos exames laboratoriais dos auto-anticorpos, eco cardiograma e outros.

O tratamento é feito de acordo com a idade, sexo e órgãos comprometidos, usa-se os corticosteróides, imunossupressores, cloroquina e mais recentemente os imunobiológicos.

O LES é uma doença crônica, com períodos de exacerbação e remissão, cuja terapêutica possibilita o controle da doença.

O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar a sobrevida.